Simples, porque durante a formação médica não nos ensinam a tratar as desordens do ciclo menstrual. Sim, boa parte das queixas das mulheres não são doenças, como nos fazem acreditar.
Ou achas que 90% da população feminina do planeta sofre de uma doença grave chamada TPM? Ou que a maioria esmagadora das mulheres que não suprime o seu ciclo com hormonas sintéticas têm um problema sério porque a sua menstruação não desce todo o dia 28, como se fosse a conta de luz?
Respondo com muita sinceridade pois sei que os médicos são vítimas de todo um sistema que busca resultados instantâneos na eliminação dos sintomas e não na resolução da causa deles. O foco desse modelo de assistência é resolver queixas rapidamente, num passe de mágica.
Acontece que não existe solução instantânea para problemas do ciclo menstrual. Nem de doença alguma nesta vida!
Corrigir problemas no ciclo exige olhar para o corpo como um todo, com sistemas que interagem entre si (e não só do aparelho reprodutor, como ensina a ginecologia tradicional). E mais: exige tempo (coisa que aparentemente ninguém possui nos dias de hoje).
Vê, a medicina em si evoluiu muito e traz-nos diversos benefícios, como diagnósticos precoces e tratamentos efetivos de alta tecnologia.
Mas, como tudo nesta vida, tem um lado negativo.
A prescrição desenfreada de contraceptivos para "tratar" todas as queixas femininas que existem sobre a face da Terra é uma dessas desvantagens.
Se usas contraceptivos, pergunta-te: Por quê?
Se é para evitar filhos, ok, afinal o nome já diz para que serve.
Agora, se usas a pílula achando que estás a resolver a tua endometriose, cólicas, TPM, ciclo irregular, acne, mioma, SOP e tantas outras coisas... Sinto muito, mas eu preciso explicar-te que a pílula é um "band-aid" e entendo as pessoas que escolhem este caminho, pois querem um alívio imediato.
Mas quando tomas um contraceptivo para tratar problemas de saúde, calas o sintoma, mas deixas a causa lá. E quando resolveres parar de usar a pílula, o problema ainda estará lá, talvez até pior…