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Entenda mais sobre a

Psicossomática

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A Psicossomática é um campo interdisciplinar que explora as relações entre fatores sociais, psicológicos e comportamentais nos processos corporais e na qualidade de vida. Enfoca, além das visões tradicionais da Psicanálise, as abordagens humanistas, holístas, Junguianas e transpessoais, integrando conhecimentos atuais advindos da Neurociência e da Genética com práticas milenares de cura do oriente e do ocidente. O objetivo é o pensar e o fazer integral frente aos vários sintomas de adoecimento que possam surgir isolados ou interligados aos aspectos biológicos, afetivos e emocionais, psicológicos, sociais, familiares, profissionais e espirituais dos seres humanos.

Precisamos relacionar aspectos do espírito e do corpo. Através da ideia de inconsciente coletivo, compreendemos que a psique não é individual, mas de toda a humanidade. Liga-se tanto àqueles com quem interagimos visivelmente, quanto aos antepassados, e toda a natureza.

Quando as ligações entre o individual e o coletivo, entre mente, espírito e corpo estão abertas e fluindo de forma natural, a vida acontece de maneira livre, leve e dinâmica, pois o fluxo traz um senso de propósito e realização de forma natural. Mas, se há bloqueios, podem acontecer problemas na saúde, possivelmente com manifestações físicas e psicológicas.

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Sintoma é um afastamento da função natural ou uma sensação que a pessoa tem, da presença de um estado diferente, que pode ser uma doença. Um sintoma pode ser subjetivo ou objetivo, onde cansaço é um sintoma subjetivo, e febre, por exemplo, é um sintoma objetivo. Uma das características da teoria Junguiana é que ela vê grande valor nos sintomas. São de grande importância, extremamente relevantes, dando informações sobre o que está acontecendo no inconsciente, seja do indivíduo ou do social, dados estes, tão imprescindíveis, pois para Jung eram infinitamente mais poderosos que a consciência. Esses sintomas são mensagens de nossa alma, e ao entrar neles e dar a devida atenção, podemos ver o que está em desequilíbrio na psique, podendo conscientemente nos tornar mais equilibrados e íntegros.

Os sintomas de uma doença psicossomática, assim como os sonhos, a criatividade e a sincronicidade, são como mananciais simbólicos que irrompem à consciência, quando o si-mesmo deseja comunicar-nos algo fundamental. Como seres teleológicos, ou seja, que tem uma finalidade, um vir a ser, quando nos afastamos de nossos mais íntimos objetivos, recebemos esses “recados” do si-mesmo, que nos informam dos rumos que devemos seguir. Esses recados, podem vir de diversas maneiras e a mais “dolorosa” são os sintomas, que apontam já para uma desarmonia, física, mental, psíquica, social, etc. Nesse estágio, procuramos auxílio imediato, ignorando as possíveis interrelações existentes.

A medicina oriental já trabalhava esses conceitos há milênios, a interligação das energias, do “chi”, ou “ki”, com os movimentos e estruturas de cada parte do corpo. Jung traz uma visão alquímica, simbólica, onde um sintoma é uma imagem da desordem geral a ser trabalhada de maneira profunda, a nível emocional, psíquico, social, intercultural, fisiológico. O processo psicossomático pode desaparecer, simplesmente ao paciente falar sobre suas dificuldades de infância ou sobre suas frustrações no trabalho, ao cheiro do desodorante do sogro, ou às lamúrias da sogra, da mãe.

A investigação terapêutica do sintoma deve sempre ter início no próprio paciente que vai dando indicações do caminho a seguir, e onde o terapeuta guia-se, propondo formas de reconhecimento e dissolução das causas e efeitos dos sintomas. De qualquer forma, precisamos compreender que o ser humano vive os símbolos, que os símbolos são parte inerente da vida e que precisamos vivenciar essa vida simbólica para que possamos conquistar, cada vez mais, saúde, em todas as áreas da vida.

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