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Entenda mais sobre a

Ginecologia Integrativa

    Existe um termo informal que vemos nas redes sociais que descrevem a especialidade médica tradicional  de ginecologia e obstetrícia coma a “ginecologia do biquini”. Esse termo se refere ao atendimento ginecológico focado nas zonas corporais que são cobertas pela roupa de banho: mamas e genitais. Honestamente, nunca me conformei em atender “uma câncer de mama”, “uma endometriose”, “um mioma” ou uma primigesta (primeira gestação de uma mulher). Acho inadmissível chamar seres humanos do sexo feminino pela sua condição clínica. 

    Essa despersonalização (ou seria desumanização?)  se inicia na formação médica, que atende principalmente o SUS. Com a imensa demanda de pacientes ao serviço especializado cada consulta dura, no máximo, 10 minutos. E precisa ser assim, caso contrário mais da metade das pacientes agendadas não teria tempo de ser atendida. Nesse ritmo insano, os médicos acabam por despersonalizar os seres humanos e os reduzem ao tratamento exclusivo das doenças da “zona do biquini”. 

    O mais triste é que mesmo após o tempo de formação, a maior parte dos médicos perpetua e normaliza esse tipo de atendimento. Muito por nunca ter tido contato com outro tipo de abordagem, mas muito também por pressão dos planos de saúde (ou gestores públicos) pela produtividade. Não é à toa que a chance de um médico entrar em burnout chega a cerca de 80%. É uma realidade assustadora tanto para as pacientes quanto para os médicos.

    A Ginecologia Integrativa não é uma especialidade médica, é na verdade a velha e boa Medicina descrita nos livros, que trata a mulher como um ser humano completo (muito além da “zona do biquini”). 

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    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a definição de saúde é "um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas como a ausência de infecções ou enfermidades”. Precisamos entender que para sermos protagonistas da nossa própria saúde é necessário fazer escolhas coerentes com a vida e o futuro que desejamos ter. Compreender que o futuro é construído no agora.

    É importante lembrar que a medicina, por muito tempo, foi uma ciência criada por homens e para homens. Isso não é uma crítica, apenas um fato. Foi somente a partir da década de 1990, com a maior presença de mulheres na ciência, que surgiram dados mostrando que, ao contrário do que se acreditava até então, mulheres não são apenas versões menores e emocionalmente instáveis dos homens.

    Toda a fisiologia feminina, incluindo funcionamento cerebral e resposta ao stress, é diferente dos homens. Que flutuações hormonais, puerpério e menopausa não são doenças que precisam ser tratadas. Que o sexo biológico traz consigo diferenças importantíssimas quando se fala de saúde e doença.

    Todas as mulheres têm o direito de se tornarem especialistas em si mesmas. Esse caminho envolve conhecimento, autonomia e responsabilidade, permitindo que compreendam melhor seus próprios padrões, reações, gatilhos, alegrias e prazeres. É um convite para estar presente em seu corpo, honrando a sabedoria que reside dentro de cada mulher.

    Isso permite que cada uma tome decisões conscientes e informadas sobre sua saúde, além de encorajá-la a buscar abordagens naturais e integrativas no cuidado consigo mesma. É uma jornada de autodescoberta e autocuidado, onde a mulher se torna a protagonista de sua própria vida e saúde.

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© Dra. Carolina Melendez. Todos os direitos reservados. Amorosamente criado por Citrino Aflora.

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