Boa noite, Cinderela
- Carolina Melendez
- há 5 dias
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Muita gente menospreza a tal “hora do soninho” porque não faz a menor ideia de quantos superpoderes ela carrega. Mas, quando você descobre que uma boa noite de sono pode ser seu bilhete premiado na loteria da saúde, dá até vontade de virar fã número 1 do travesseiro. Então, antes de se queixar de ter “um milhão de coisas para fazer”, vale a pena entender o que raios é esse tal de sono e por que ele é tão precioso.
Segundo o dicionário (aquele coitado que só serve pra parecer culto no WhatsApp), sono é um “estado natural periódico de descanso para mente e corpo”. Em outras palavras: fechar os olhos, desligar o Wi-Fi cerebral e dar férias pro corpinho. Ficar acordado o tempo todo é tipo querer viver num reality show sem intervalo comercial — esgotante e nada recomendado.
Dormir bem é entrar no modo “anabolizante”: enquanto você sonha com unicórnios, seus hormônios construtores se unem num mutirão e fazem a faxina geral — recuperam músculos, turbinam o sistema imunológico, equilibram a montoeira de hormônios – e ainda te mantêm com jeitinho de “eterna juventude” (é tipo um elixir que atrasa rugas e espinhas de estresse.).
Já ficar acordado é um estado “catabólico”: tudo desalinha, tomba, desanda. Seu corpo gasta (às vezes até mais do que o estoque de café consegue suprir) e não tem a fase de recarga – rola aquele famoso “modo zumbi” com direito a pedidos de comida doce e gordurosa. A privação de sono reduz em 6% a glicose que chega ao cérebro em apenas 24h — aí ele pede donuts como quem grita “me salva!” . É instinto de caçador-coletor: sem energia cognitiva, o risco de virar jantar de tigre era real. Hoje, a geladeira dá conta, mas a vontade frenética de carboidrato segue ativa.
E não pense que o sono é só pra corpos: seu cérebro é a máquina mais complexa de toda a galáxia conhecida, produzindo energia, construindo arranha-céus emocionais e colonizando o universo do DNA. Mas, adivinha? Ele também gera lixo! O corpo tem o sistema linfático; o cérebro, o sistema glinfático – os garis cerebrais que se tornam 10× mais ativos enquanto você dorme, varrendo toxinas e células mortas . Durante o sono, suas células encolhem até 60%, abrindo espaço para esse mutirão limpar o que o dia inteiro sujou. Se a “lixeira” ficar entupida, temos Alzheimer e companhia garantida.
Então, que tal parar de ver o sono como “mais um problema” e começar a tratá-lo como o melhor presente que você pode dar a si mesma? Imagine: é como saborear uma sobremesa deliciosa (sem culpa!), receber uma massagem relaxante ou marcar aquele date contigo mesma que você merece ansiosamente. Afinal, você já tem dor de cabeça com boletos, trabalho, fofoca e novela das nove — que tal dar férias pro estresse e se render a um sono incrível?

E, por fim, para entrar nesse clube VIP do sono de princesa, dá uma olhada rápida em “como anda seu sono”:
Nota de 0 a 10 para seu sono: (0 = “cheguei a pensar em adotar corujas” ─ 10 = “sonhei que era rainha”);
Acordou mais dolorida que levantar fila de pão? (0 = dói tudo ─ 10 = nem um músculo se move);
Energia ao sair da cama: (0 = “soco no despertador” ─ 10 = “ready for takeoff”);
Clareza mental: (0 = “cadê o café?” ─ 10 = “bom dia, universo!”);
Bateria duradoura: (0 = “dependo de café IV” ─ 10 = “pilha Duracell”);
Se a maioria desses quesitos está abaixo de 7, tá na hora de resgatar o sono perdido — e, convenhamos, você merece uma boa noite de princesa, não acha?